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Se você curte fazer as unhas, é bem provável que já tenha se deparado com algum esmalte de nome curioso, estranho ou até mesmo engraçado. E, se já viveu esta situação, certamente se perguntou: quem cria esses nomes? Como eles surgem?
Para matar sua curiosidade, o R7 entrevistou um fabricante de esmaltes, que contou todo o processo de escolha, criação e curiosidades que acontecem na hora de batizar nossos tão amados vidrinhos. Leia e descubra tudo sobre o assunto!
Texto e apuração: Marcella Franco, do R7Getty Images
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Primeiro de tudo: não, não é só uma pessoa quem escolhe os nomes dos esmaltes. Muita gente pensa que é um cargo específico dentro da empresa, mas, na verdade, as cores são batizadas por uma grande equipe, depois de um longo processo.
"Os profissionais envolvidos utilizam pesquisas de tendências, inspiração na moda nacional e internacional, hábitos, manias, gostos e, também, uma boa dose de criatividade coletiva", explica Daniella Brilha, diretora de marketing da Risqué. "É um processo de construção livre e nenhuma ideia é descartada, mesmo as mais diferentes e não convencionais. A ousadia é amplamente incentivada."Divulgação
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"A brincadeira com os nomes foi um dos impulsionadores do crescimento do mercado, porque o esmalte passou a ser mais do que simplesmente uma cor, assumindo uma personalidade", acrescenta Daniella Brilha, da Risqué.
— Acreditamos que o mais importante é que o nome seja bastante lúdico e faça alguma alusão ao que aquela cor representa. Assim, fica mais fácil memorizar e virar mania entre as mulheresDivulgação
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É possível encontrar exemplos de nomes curiosos nos catálogos de todas as marcas nacionais.
Na Colorama, por exemplo, há o Mostarda Atômica, um tipo de amarelo acobreado. Segundo os fabricantes, o objetivo ao diversificar na hora de nomear as cores é agradar a todos os tipos de mulheres, desde as mais modernas e antenadas até as conservadorasDivulgação
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Da marca, há também o Me Add, item da coleção Famosa, que brinca com gírias da internet
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Outra tendência comum entre as marcas é apostar em nomes sensuais. A Impala, por exemplo, tem o Lover, um vermelho cereja da coleção Festa.
A Risqué, que tem em seu catálogo nomes como Desejo, Beijo e Malícia, faz inclusive uma associação do sexy com uma cor específica.
"Os vermelhos costumam inspirar nomes mais ousados", conta a diretora de marketing da marcaDivulgação
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Os fabricantes também se preocupam em ser politicamente corretos, evitando, por exemplo, trocadilhos que possam soar ofensivos. Fora isso, há também outros conceitos que impulsionam as criações das novas linhas e seus esmaltes.
"Algumas vezes, também optamos por nomes que geram reflexão e temas menos convencionais, que viram assunto em grupos. Na recém-lançada coleção Fé, por exemplo, os nomes abordam a força da fé brasileira, suas crenças e esperanças", enumera Daniella Brilha, da Risqué.
— Esse diálogo está acontecendo agora no Facebook da marca: os nomes dos esmaltes foram apenas um ponto de partida para algo muito maior, mais amploDivulgação
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"Hoje em dia, esmalte é mais do que cor, esmalte é assunto", acredita Daniella.
Na foto, o Arrasa!, da Impala, seguindo outra tendência importante entre as marcas, a de valorizar e encorajar a autoestima femininaDivulgação
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Além dos nomes curiosos, há alguns, digamos, básicos. O Renda, da Risqué, por exemplo, é um dos grandes clássicos da marca, e virou também sinônimo de esmalte branco. Junto com ele, outros sucessos de venda são o Gabriela, Pérola, Astral e Rebu
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